sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Hesitante

"Learco virou-se e segurou a mão dela. Dubhe não conseguiu esquivar-se daquele contato: manteve os dedos inertes entre os dele, percebendo o frescor da sua palma.
Mãos que matam, como as minhas.
-Também aconteceu comigo - disse num sopro.
Não conte isso também, já falou demais... Mas não podia calar-se. As palavras pressionavam, já pesava em seus lábios como pedregulhos.
-Foi quando morreu o homem que me salvou a vida. - Esperou ser interrompida, desejou encontrar um jeito de fugir, mas era seu corpo que queria ficar, como se estivesse sob o efeito de um feitiço. -Era meu Mestre, e eu o matei.
A sua voz ficou hesitante, mas não parou."

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