quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Freneticamente

Nunca na história desse blog se viram tantos posts seguidos! Alguns são pra mim e outros pro mundo, mas o que importa é que a vontade de escrever tem aparecido por aqui com ais frequência! Eu gosto das palavras. Elas podem ser ambíguas, mas sempre entregam alguma mensagem. Sozinhas elas podem significar o mundo, e ao mesmo tempo podem não fazer sentido algum. Elas podem fazer algo parecer muito bonito e pomposo ou podem acabar com toda a beleza que já foi vista.

As palavras são claras como cristal e confusas como um livro de Saramago. Como qualquer outra ferramenta, existem aqueles que a dominam, que conseguem se expressar por meio delas, mas existem também aqueles que são pouco familiarizados com suas nuances e seus caminhos tortuosos. Alguns conseguem brincar com elas como se fossem peças de lego, enquanto outros as consideram um quebra cabeça de peças minúsculas e difíceis de se encaixar.

Eu, particularmente, gosto das palavras. Não sou nenhum Dumbledore, porém também não sou tão atrapalhado quanto o Presto. Consigo criar arranjos e mosaicos quando necessário, posso florear uma mensagem ruim de maneira a torná-la quase boa, mas também posso ser direto, curto e grosso. Tudo depende do objetivo. Eu consigo brincar com a composição das frases de maneira a torná-las enigmas para aqueles que não sabem o que elas realmente querem dizer. Posso fazer citações sem nenhum sentido à primeira vista, como Ana me disse, mas que em seu contexto fazem todo o sentido.

Gosto de ver como um texto se modifica a cada linha. Como as idéias - sim, idéias com acento - vão se completando à medida que o texto cresce e toma forma. Como um post que deveria ser sobre o aumento nas postagens do blog termina falando da importância das palavras. Eu gosto das palavras porque dentro de sua previsibilidade elas são imprevisíveis, dentro de sua clareza elas são nebulosas e, mais que tudo, dentro de sua simplicidade, elas são complexas.

2 comentários:

  1. "Nós aprendemos palavras duras: como dizer perdi, perdi. Palavras tontas, nossas palavras...quem falou não está mais aqui" BUARQUE, Chico. Você pode até escrever pra vocês mesmo, 'as vezes, mas preciso dizer que a frequência assídua com que quem escrito só faz ganhar quem está do lado de cá - lendo a você. Você foi tão coeso nesse texto e ainda me abriu um sorriso em certas partes. -Consigo criar arranjos e mosaicos quando necessário, posso florear uma mensagem ruim de maneira a torná-la quase boa, mas também posso ser direto, curto e grosso- uma das melhores, por certo.

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