segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

The Sun

A esperança, de acordo com o dicionário Michaelis, quer dizer "1 Ato de esperar; 2 Expectativa na aquisição de um bem que se deseja; 3 Aquilo que se espera, desejando". Hoje mais cedo vi alguém questionando aquela frase "mas é claro que o sol vai voltar amanhã" devido ao mau tempo em Belo Horizonte. Randomicamente comecei a pensar em como tantas vezes relacionamos o sol com esperança, como dizemos que ainda existe um sol acima do céu nublado.

A esperança é subestimada. As pessoas se apegam a ela quando tudo está ruim, só a procuram quando não têm mais ao que recorrer, algo como "não estudei nada mas tenho esperança de ir bem na prova" ou "não tenho um pingo de preocupação com minha saúde, comi gorduras por 57 anos e 8 meses sem pudor algum e agora que fiz um exame de sangue tudo vai dar certo, afinal, a esperança é a única que morre, não é mesmo?". Ok, os exemplos são atípicos, mas quando é que algo fez sentido no meu mundo?!

Me chame de otimista, mas eu acredito que o sol está lá, mesmo que a gente não o tenha visto nos últimos dias. Afinal de contas, você vê o oxigênio ou o amor caminhando por aí? Nós devíamos esperar mais sempre, esperar mais das pessoas, esperar mais do mundo. É fácil deixar nossas expectativas baixas e nos contentar com o mínimo, como passar com 60 quando se pode ter 100. Como amar pela metade quando se pode amar por inteiro.

Não adianta a esperança sem o esforço, sem o trabalho. É como pedir a São Longuinho que te ajude a achar algo e deitar esperando que ele entregue em mãos. Ainda assim, acho que escolho a esperança. Escolho os dias de sol a pino e os dias nublados, os dias de verão e os de tempestade, pois todos eles trazem a promessa do que vem depois!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Click

Não, esse não é um post sobre aquele filme engraçadíssimo com o Adam Sandler que eu nunca vi.

Correndo o risco de repetir idéias há pouco expressadas aqui nesse mesmo espaço, escrevo hoje sobre como a vida não para de nos surpreender. Especificamente, escrevo sobre os clicks que temos quando conversamos com alguém diferente. Mas por que raios click? O que de especial nessa palavra?

Bem, um click, no contexto aqui proposto, é algo repentino, inesperado. Uma situação na qual de repente você muda todo o seu modo de ver alguma coisa. Em menos de 24 horas grandes amigos se formam, assim meio que do nada, sem propósito, e tudo por causa de um "oi". Pelo simples motivo de estar na hora e lugar certos.

"Click de controle
Click de Lego
Click quando algo encaixa"

Pela primeira vez em muito tempo eu me permito ser "air", como uma vez Beth Taylor me disse que eu era. Deixar as coisas acontecerem e me deixar viver como um adolescente, sem me preocupar com a forma como as coisas terminarão, mas apenas aproveitando esse momento que parece tão certo. Posso representar isso por aquela idéia já batida de que tem sentimentos que não tem nome, que não tem como explicar, mas que nos fazem bem, nos fazem confortáveis.

Uma palavra inesperada, uma conversa inesperada, pessoas inesperadas e uma noite inusitada. Fomos de Belo Horizonte a Floripa, do 1º ao 2º e das 1 às 16 passando especialmente pelo 5, mesmo com a insignificância do 5º elemento, e ainda assim o tempo não passava. Rimos como crianças, nos divertimos do nada, do tempo e com o tempo. É assim que deve se sentir o vento. Livre, brincalhão, leve!

Vento.

"I know you get me so I let my walls come down, down"

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

One shot

That's all we get. One single chance to make it right. One shot.

People. We are funny little creatures, that's for sure. Sometimes we cry when we're supposed to smile, other times we laugh when we have a million reasons to cry, we have the weirdest habits you can imagine and all of us have our secret secrets. This text could actually be at the opening of a Grey’s Anatomy episode, I can see Meredith Grey speaking with these very same words, it’s the kind of reflection she would talk about and expect it to make sense to everybody, even though it doesn’t.

When I think about all the people around me and about the problems we all face, I can only say that we live in a TV Show. All the schemes and the situations we find ourselves in could be part of a 90210 or a chapter of a teenage book. The more I live the more I understand that we only have one chance to make it work with people, because once we’ve hurt them, that’s the end.

If we break someone’s heart, it’s pretty much impossible to fix it. I mean, the heart will fix itself, it’ll continue to beat and eventually it starts to work normally, but it’s never gonna be the same with that one person who broke it, unfortunately you cannot pick the pieces up and super glue them. Maybe they can be friends again, maybe even go for a movie or hang out on a Sunday afternoon, but the scars are there to remind us of what have happened.

That’s the turning point. That’s why I say we only have one shot. The story is the same every time: you meet people, be friends with them, go out together, have fun and then you, kinda suddenly, you’re trusting each other like you were friends for as long as you can remember. This lasts until that day when one of you breaks the other person’s trust. That’s it, this is the end. You try to go back to the way it used to be, you try to ignore the weirdness of the first conversations and to work through the trust issues, you both pretend everything is the same and that there’s no elephant on the room, except it is there. this huge elephant sitting between the two of you.

Anyways, the thing is: don’t waste your chance. Make it count. Make it worthy to everyone you meet, because you might come to understand you lost your shot and didn’t even see it happen.