quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Japão, aí vou eu!

Cheguei a uma conclusão mais cedo: vou me mudar pro Japão algum dia! Tá, menos radicalismo, tenho pelo menos que conhecer aquele lugar!

Hoje na aula de História Contemporânea das Relações Internacionais aconteceu algo um tanto quanto intrigante. O Tio Ally estava explicando sobre a história do Japão, sua dinastia de mais de 2000 anos, os períodos todos, passou pela II Guerra Mundial, comparou com a China, falou das disputas entre os clãs... Resumindo, ele falou bastante!

O mais interessante da aula começou bem mais pro final. Depois de ficar vários muitos minutos contando a história, ele entrou na tradição japonesa. O primeiro exemplo, bem simples, foi sobre a forma com a qual as pessoas compram o jornal lá. Não existe banca, jornaleiro ou aquele menininho dos filmes que sempre fica na esquina gritando "Olha o jornal!", existe uma bancada! Isso, uma bancada onde os jornais ficam e tudo o que o coleguinha tem que fazer é ir lá, pegar o seu jornal, deixar o dinheiro - e pegar o troco, se precisar - e seguir qualquer que seja o seu rumo.

A partir do exemplo da bancada de jornais ele continuou filosofando sobre como a tradição é diferente entre os dois países, afinal, acho que todos nós, brasileiros, conseguimos formar uma imagem bem clara na nossa cabeça sobre o que aconteceria se alguma gráfica nacional tentasse implantar a idéia por aqui! Alguém se habilita?! Acho que não! FATO!

Anyways, o Tio Ally não parou por aí, ele foi muito mais além, acredite! Fez uma viagem transoceânica e veio parar no Brasil, mais específicamente no Pátio Savassi! Quer mais específicidade? Ok, ele estava na praça de alimentação quando viu um adorável ser chamado Camilinha...

Camilinha poderia ser uma simples menina que caminhava pelo Pátio com sua babá, não fosse o fato de que, subitamente, ela aponta para uma vitrine e diz:
-Eu quero aquilo! *-*
A babá, que era uma donzela em perigo diante de um dragão tenta argumentar em vão:
-Camilinha, sua mãe só me deu o dinheiro pr'agente ir no cinema e depois fazer um lanche.
-Mas eu quero! - retruca o ser das trevas.
-Mas agora eu não tenho dinheiro, depois, se você quiser, venha aqui de novo com os seus pais e compre!
-Mas eu quero agora! Eu não sou pobre como você e, além do mais, meu pai disse que eu posso comprar o que eu quiser!
Eis que surge nosso herói defensor da moral, ética e dos bons constumes, Tio Ally, e seu fiel escudeiro, Mr. Brown, para ajudar a pobre moça.
-Olá, Camilinha. Mande, por favor, um recado para o seu papai. Diga a ele que o Tio Ally pediu para avisá-lo que certas coisas não se compra, mas se ganha, como educação. Caso você ainda não tenha percebido, sua mamãe só deixou dinheiro para vocês irem ao cinema e comerem em seguida e, sendo assim, você pode se encaminhar para a sessão.
Camilinha, como uma boa menina, foi assistir seu filme feliz - ou não.

Após contar sobre Camilinha, ele encerra apenas com "Crianças são fáceis de lidar, é só falar com jeitinho que elas aprendem e obedecem num minuto!".

De qualquer jeito, o sentido de contar a história acima é que, após isso tudo, ele começou a falar sobre como as coisas funcionam - ou nesse caso NÃO funcionam - no Brasil. Tinham quatro alunos conversando enquanto ele falava e ele pediu que eles se retirassem de sala com a fala "É por isso que o Brasil não cresce, vocês acham que no Japão isso aconteceria? Não, não aconteceria, pois lá eles sabem respeitar, eles são educados, é parte da tradição e parte do que eles são!". Eu não pude parar de pensar sobre a aula desde então.

Todas as vezes que ele perguntou "Qual de vocês pagaria certo pelo jornal?", "Qual de vocês respeitam a fila?" e coisas do tipo eu quis responder "Eu!", mas isso só pareceria algo hipócrita e que ele provavelmente não acreditaria. Isso puxa várias outras coisas na minha mente, coisas que me revoltam. Por exemplo, você chega na biblioteca da faculdade e pergunta "Eu atrasei esse livro mas posso não pagar a multa?", recebe um não como resposta, simplesmente paga a multa e sai andando pra 5 minutos depois ver alguém chegar lá na mesma situação e fazer um pequeno show ou se stressar pra conseguir não pagar - e consegue - me da raiva! Não pela multa, mas pela atitude! Aqui tudo funciona no "dois pesos, duas medidas", ninguém consegue fazer nada corretamente, pois na maioria das vezes as coisas só acontecem quando se coloca pressão ou se ameaça de alguma forma... Por isso eu vou pro Japão!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Saudações!

Declaro esse espaço oficialmente aberto para que eu possa colocar em palavras as coisas que passam na minha mente hipermidiática e muitas vezes por demais imaginativa, além de explanações que provavelmente parecerão filosóficas, já que a cada dia que passa eu percebo que minha mente deve funcionar em AM, enquanto as outras tem frequência FM.

Apenas para constar, quaisquer semelhanças com a realidade ou com pessoas que por ventura apareçam por aqui provavelmente não serão mera coincidêndia, apenas a minha visão sobre as mesmas.

Para finalizar o discurso de abertura, gostaria de enfatizar que os layouts - ou qualquer que seja o nome disso - do blogger são péssimos (just for the record, um dia o Bráulio vai me ajudar a criar uma coisa melhor, ou assim eu espero...) e que se você é um designer desempregado, deveria caçar trabalho no google.

Obrigado.