segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Gargalhando

Nunca vi nenhum filme da Audrey Hepburn. Para alguns isso é quase um pecado, mas, se vale de algo, está nos meus planos de realizações de curto prazo. Mesmo sem nunca ter assistido nenhum de seus filmes, hoje me deparei com uma frase supostamente dita por ela que me colocou para pensar, que é a seguinte:

“I love people who make me laugh. I honestly think it's the thing I like most, to laugh. It cures a multitude of ills. It's probably the most important thing in a person.”

Assumo que vi a frase em português e fui buscá-la em inglês, pois por algum motivo eu achei que ela soaria melhor assim - não sei se realmente fez alguma diferença. O que me impressionou na frase à primeira vista foi que eu sempre me pego rindo das coisas. Muitas vezes a risada vem sem motivo, sem esforço, e com essa frase algo ficou claro.

O que nos faz rir não está assim tão ligado ao quão engraçada a outra pessoa é, mas a nossa felicidade em estar ao lado dela! É algo natural, uma troca de olhares que nos faz rir do nada, da situação, por mais cotidiana que ela seja. Mais que isso, tenho a impressão que rimos não apenas por fora, mas que essa é apenas a maneira de externar como nosso fígado* está se sentindo.

*Como o blog também é cultura inútil, o fígado era o símbolo do amor na Grécia antiga antes do coração colocar uma melancia na cabeça. Acho que aprendi isso com a fantástica professora de literatura do Chromos da qual não consigo recordar o nome. Tentei achar uma explicação boa pra essa história, mas como não consegui, vai a melhorzinha.

2 comentários:

  1. Na minha concepção, ninguém é feliz, todos nesse mundo temos momentos felizes. Ninguém deveria dizer "sou feliz", mas sim "estou feliz". Concordo com vc, devemos procurar quem nos proporciona mais momentos felizes, ou momentos felizes mais intensos. Tendo sorte, alguém que nos proporcione muitos e muito intensos.

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  2. Seu texto me fez recordar todos os momentos silenciosos que foram interrompidos por uma troca de olhares seguida de um gostoso sorriso de cumplicidade, amizade e - por que não? - de amor. É tão bom poder sorrir naquele momento mais nada a ver do filme e ver que o outro ao seu lado não quer te (ou se) esconder na sala (já escura) do cinema. Ao contrário, você olha pro lado e recebe um sorriso compreensivo e debochado de volta. Não há mesmo nada melhor que rir junto de quem a gente gosta.

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