terça-feira, 4 de outubro de 2011

De parar o trânsito

Continuando com esse enredo do dia-a-dia que ocorre no blog, hoje compartilho uma situação um tanto quanto inusitada.

Vim para a faculdade no meu horário habitual, andei o mesmo caminho, vi basicamente as mesmas pessoas e falei bom dia aos mesmos seguranças, apenas ela não era a mesma. Sabe quando você assiste a um comercial de shampoo ou tinta de cabelo, onde as mulheres andam e os homens todos se curvam para assistí-la passar? Pois bem, foi mais ou menos assim que a minha manhã começou.

Estava descendo aquele mesmo caminho, desviando dos transeuntes levemente limitados que só estão focados na sua tragetória e nem mesmo calculam seus passos - leia-se pessoas normais - quando a vi. Ela vestia uma blusa de lã vermelho-sangue com botões na frente, uma camiseta de "nadador" preta por baixo, um shortinho jeans e botas azuis. Tinha a pele morena e os cabelos negros e longos, com uma trança que me lembra algo élfico.

À medida que ela caminhava, como num comercial, todos os homens que vinham na direção contrária viravam para admirar, e os que estavam parados no ônibus a seguiam com o olhar. O encanto provocado por ela era tanto que um deles chegou a trombar em mim. Curiosamente, nunca vi sua face, mas imagino que seja algo fora do comum. Eu continuei ali, atrás dela, enquanto todos se prostravam aos seus pés; continuei ali, com o meu olhar de analista, naquele laboratório da vida real.

Finalmente, chegamos naquela mesma faixa de pedestre na qual forço minha passagem todas as manhãs. Magicamente, com ela ao meu lado, o trânsito simplesmente parou! Eu ingenuamente agradeci ao motorista, mas ele só tinha olhos para a morena dos cabelos negros...

E a rotina continuou...

Nenhum comentário:

Postar um comentário