Nós, seres humanos, somos criaturas engraçadas. Acho bem divertida essa nossa capacidade de adaptação às situações e ambientes, coisas muitas vezes inusitadas. Todo esse pensamento brotou na minha cabeça hoje quando eu estava lembrando do Little Tay (esse sou eu pequeno). Lembro que eu era uma criança curiosa, que adorava abrir as gavetas da minha avó, pegar aqueles brincos e colares velhos e fingir que eram meus medalhões mágicos, ou então botar aquele anéis com as pedras gigantescas e coloridas e começar a dominar algum elemento qualquer por aí. Gostava de ficar na janela de casa vendo o que as pessoas faziam na rua e, particularmente, o que as pessoas faziam na rua durante a madrugada. Na verdade, eu gostava de fuçar mesmo, mas o Little Tay cresceu.
Com o passar do tempo, fui percebendo que eu não sou curioso. Não paro mais pra ver acidentes nas ruas ou pessoas brigando, não gosto de fuçar a vida dos artistas, nem de BBB eu gosto muito. Acabei por perceber que eu tinha uma coisa que vai bem além da curiosidade, a vontade de conhecer as coisas! Gosto de saber o porquê de tudo, de conhecer lugares, pessoas, bichos, livros e músicas novas. Gosto de saber como as coisas se formaram, de entender como o mundo chegou a onde está hoje e mesmo de saber o porquê tudo começou - tá, eu sei que não foi tudo - na Europa.
Claro que, de tanto fuçar pelo mundo (e não entenda que eu viajei muito, mas é que hoje em dia o mundo cabe dentro do quarto) eu acabo descobrindo umas coisas muito inúteis (e é claro que eu não vou lembrar de nenhuma pra colocar aqui agora). Eu não tenho nada contra as coisas inúteis, muito pelo contrário, um dia eu ainda vou achar utilidade para elas... Ou assim espero!
Tem coisas que eu acho que só acontecem comigo nessa jornada do conhecimento. Por exemplo, sempre que eu aprendo uma palavra nova eu costumo ouvi-la no máximo em um ou dois dias, e nessas horas eu fico me perguntando se as palavras sempre estiveram lá e eu nunca as tinha reparado ou se a pessoa se utilizou de alguma técnica ninja-jedi-power-ranger pra encaixar a mais nova conhecida no diálogo e me ver com a cara de bobo lembrando do significado da bendita.
Uma outra coisa que o Little Tay fazia muito bem era inventar histórias. Eu passava horas brincando com meus bonequinhos e, na falta dos mesmos, brincava com as escovas de dente da casa da minha avó ou então com as canetas mesmo. Outra coisa que me deixou explorar os limites da minha mente foi jogar RPG on-line. As madrugadas de Bella, Troni e Cody eram muito boas! De vez em quando eu ainda bato um papo cabeça - ou seria melhor dizer na cabeça - com o Flomo Troni, o Rick Nassë, a Evelyn, Joyce Mazon, a mais temida assassina, Physis (que o Augusto desenhou pra mim!), Fion Alkarion e alguns outros que passaram. O engraçado é que eu me lembro de todos eles e do contexto de cada um! Uma pena que hoje em dia eu não brinque de bonequinhos ou jogue RPG mais.
Das coisas citadas, eu evoluí. A partir das casas de Glastonbury (Pendragon, ANGLIA, Lemorak e Drustan) passei a me interessar pela leitura. Começando por "As Brumas de Avalon", caminhei por "Harry Potter", "Eragon - Eldest - Empire", "As Crônicas de Nárnia", passeando também pelos vampíricos como "Entrevista com o Vampiro", "Os Sete", "Sétimo" e "Turno da Noite". A fase dos livros viajantes não parou nesses, mas acho que a base do argumento foi apresentada. Dos livros eu parti pra um mundo muito mais amplo: séries! Eu não vou comentar muitas coisas sobre as séries nesse post, pra não render muito mais (afinal eu podia fazer um blog só sobre elas), só vou dizer que, assim como os livros, elas me encantam. Me transportam para um mundo em que tudo é possível, onde eu conheço os melhores espiões como a Sidney Bristow e o Michael Westen, magos bem competentes como o Zeddicus Zu'l Zorander e Merlin e umas mulheres muito hot e que batem muito, tipo a Cara e a Kahlan!
Posso dizer que eu sempre me diverti - e ainda me divirto! - muito enquanto me envolvia nesses mundos surreais. Vou dando fim a esse post nostálgico. Sei que algumas coisas a maioria das pessoas não vai entender, mas também não sei se esse é o objetivo dele! De qualquer maneira, noite boa pra quem fica.
"Draco Dormiens Nunquam Titillandus"
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